Essa quarentena imposta pelo Covid-19 tem trazido excelentes
oportunidades de enriquecimento em vários níveis: emocional, espiritual, intelectual e outros mais.
Uma destas oportunidades aconteceu neste domingo
pela manhã (29/03/2020) quando, pela primeira vez em público, o Rev. Caio Fabio e o Pe.
Fabio de Melo encontraram-se virtualmente.
Dois líderes religiosos – protestante e
católico – que militam entre seus nichos para tentar ensinar aos fiéis a
diferença entre ser religioso e ser espiritual.
Pois o encontro inusitado trouxe-me uma perspectiva
maravilhosa de espiritualidade. Durante quase 2 horas de conversa eles não
falaram de bíblia, não citaram versículos bíblicos a torto e a direito, não
tentaram dar lição de moral e tampouco fizeram discurso doutrinário.
O que eu vi
ali foram dois homens que têm a verdade do evangelho enraizada em suas almas e,
por causa disso, a conversa que fluiu entre eles exalou o bom perfume de Cristo
em cada sentença.
Durante a conversa, os limites do ser humano foram expostos,
e foi neste momento de maior expressão de humanidade, entre lágrimas que
expressam dor e mágoa – sim, o homem de Deus carrega dor e mágoa no coração –
foi quando o divino se revelou com maior intensidade.
Quando se permite que o limite de nossa humanidade seja exposto, o divino se manifesta.
Ficou uma lição preciosa para mim: uma conversa espiritual
não precisa ser recheada de versículos bíblicos.
Basta permitir que o evangelho
que em mim habita se manifeste de forma natural, e então o Espirito Santo vai
mansamente manifestar-se.
A dor expressa pelo padre e a palavra pacificadora do
reverendo, livre de dogmas, preencheu meu coração de uma forma tão intensa, que
estou repleta!
Eles trocaram histórias e experiências de suas dores, de seus
limites e de como conseguiram vencer.
Tudo numa simplicidade que não vemos mais
nos discursos religiosos carregados de positivismo e palavras de ordem. Uma conversa
tão humana que me fez sentir mais humanamente perto do divino!
Obrigada pastor. Obrigada padre! Sou mais rica depois desta
conversa!
Soli deo glori.