domingo, 6 de janeiro de 2013

O ânimo nosso de cada dia

Por tantas vezes viver parece bem difícil. 

Há manhãs em que tudo que queremos é ficar na cama, no mundo dos sonhos, para não encarar a realidade do mundo em que vivemos. 

Vejo tantas atrocidades, tanta injustiça, tanto desamor, tantas catástrofes, tantas pessoas que deveriam fazer o bem e que acabam por revelar-se vilões da história.

Passo bastante tempo imaginando o que pode e deve ser feito para o mundo ser um lugar um pouco melhor. 

Gasto tantas energias nisso, em pesquisas, em estudos, em elucubrações e chego à conclusão de que nada posso fazer. 

Que por mais que eu me esforce, serei sempre uma pequena partícula de uma das incontáveis gotas do oceano.

Sinto-me fraca e deprimida. Frustrada e sem energia. Chego à igreja arrastando-me, em um estado mental deprimente. 

Ajoelho-me não pelo costume, mas pela condição da alma. 

Peço entre lágrimas que o Criador e Doador da vida me reanime, pois não há nada externo que eu conheça que possa fazê-lo.

E então começa a tocar a velha canção:

 “Já refulge a glória eterna,

De Jesus, o Rei dos reis;
Breve os reinos deste mundo,
Seguirão as Suas leis;
Os sinais da sua vinda,
Mais se mostram cada vez;
Vencendo vem Jesus!

 Glória, glória, aleluia,

Glória, glória, aleluia,
Glória, glória, aleluia,
Vencendo vem Jesus!

 O clarim que chama os crentes,

à batalha já soou;
Cristo à frente do seu povo,
Multidões já conquistou;
O inimigo em retirada,
Seu furor patenteou;

Vencendo vem Jesus.

 E por fim entronizado,

As nações há de julgar;
Todos grandes e pequenos,
O juiz hão de encarar;
E os remidos triunfantes,
Em fulgor hão de cantar:
Vencido tem Jesus!”

 

Os fiéis cantam com fervor, a música explode em acordes sublimes, a congregação parece-me extasiada por relembrar a promessa. 

Sim, eu fiquei emocionada. 

O meu Senhor Amado fez-me lembrar que não vivo neste mundo como um fim em si só. 

Minha vida tem um propósito maior e as dores e lutas que travo aqui são temporárias. 

Ele tem uma promessa. 

Essa promessa me traz esperança. Não viverei para sempre neste mundo corrupto, pois Ele, por misericórdia e amor, prepara-me um lugar diferente, um Reino de paz, amor e justiça. 

Um Reino que Ele coloca à disposição daqueles que querem um mundo melhor, daqueles que acreditam que podem viver em um lugar de justiça, retidão, equilíbrio, onde as pessoas saberão, finalmente, amar sem reservas e incondicionalidade.

Os céticos dirão que este é o papel da religião: dar esperança ao fraco, iludir os oprimidos. 

Os ateus rirão de minha esperança e fé e acharão que não sou inteligente o bastante por ser cristã e acreditar na Bíblia. 

Mas a mim não importa o que pensam os outros em relação à fé que professo. 

Importa mesmo é que eu tenho um Deus que se importa comigo, e importa-se o suficiente para me dar esperança de um futuro melhor.

Jesus em breve voltará, todo olho O verá e toda a língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor, Rei dos reis. 

Ele me levará ao Seu Reino de Justiça e Amor. 

Quem puder Nele crer, também poderá ir. Simples assim!


Tempo, tempo, tempo...