Por tantas vezes viver parece bem difícil.
Há manhãs em que tudo que queremos é ficar na cama, no mundo dos sonhos, para não encarar a realidade do mundo em que vivemos.
Vejo
tantas atrocidades, tanta injustiça, tanto desamor, tantas catástrofes, tantas
pessoas que deveriam fazer o bem e que acabam por revelar-se vilões da
história.
Passo bastante tempo imaginando o que pode e deve ser feito para o mundo ser um lugar um pouco melhor.
Gasto tantas energias nisso, em pesquisas, em estudos, em elucubrações e chego à conclusão de que nada posso fazer.
Que por mais que eu me esforce,
serei sempre uma pequena partícula de uma das incontáveis gotas do oceano.
Sinto-me fraca e deprimida. Frustrada e sem energia. Chego à igreja arrastando-me, em um estado mental deprimente.
Ajoelho-me não pelo costume, mas pela condição da alma.
Peço entre lágrimas que o Criador e Doador da vida me reanime, pois não há nada externo que eu conheça que possa fazê-lo.
E então começa a tocar a velha
canção:
De Jesus, o Rei dos reis;
Breve os reinos deste mundo,
Seguirão as Suas leis;
Os sinais da sua vinda,
Mais se mostram cada vez;
Vencendo vem Jesus!
Glória, glória, aleluia,
Glória, glória, aleluia,
Vencendo vem Jesus!
à batalha já soou;
Cristo à frente do seu povo,
Multidões já conquistou;
O inimigo em retirada,
Seu furor patenteou;
Vencendo vem Jesus.
As nações há de julgar;
Todos grandes e pequenos,
O juiz hão de encarar;
E os remidos triunfantes,
Em fulgor hão de cantar:
Vencido tem Jesus!”
Os fiéis cantam com fervor, a música explode em acordes sublimes, a congregação parece-me extasiada por relembrar a promessa.
Sim, eu fiquei emocionada.
O meu Senhor Amado fez-me lembrar que não vivo neste mundo como um fim em si só.
Minha vida tem um propósito maior e as dores e lutas que travo aqui são temporárias.
Ele tem uma promessa.
Essa promessa me traz esperança. Não viverei para sempre neste mundo corrupto, pois Ele, por misericórdia e amor, prepara-me um lugar diferente, um Reino de paz, amor e justiça.
Um Reino que Ele coloca à disposição daqueles que
querem um mundo melhor, daqueles que acreditam que podem viver em um lugar de
justiça, retidão, equilíbrio, onde as pessoas saberão, finalmente, amar sem
reservas e incondicionalidade.
Os céticos dirão que este é o papel da religião: dar esperança ao fraco, iludir os oprimidos.
Os ateus rirão de minha esperança e fé e acharão que não sou inteligente o bastante por ser cristã e acreditar na Bíblia.
Mas a mim não importa o que pensam os outros em relação à fé que professo.
Importa mesmo é que eu tenho um Deus que se importa comigo, e importa-se o suficiente para me dar esperança de um futuro melhor.
Jesus em breve voltará, todo olho O verá e toda a língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor, Rei dos reis.
Ele me levará ao Seu Reino de Justiça e Amor.
Quem puder Nele crer, também poderá ir. Simples assim!
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