Essa semana eu terminei de ler "A menina que roubava livros" (Markus Zusak). Eu ainda não assisti o filme.
Nem sei se quero assisti-lo. Os
filmes acabam reduzindo o que há de mais belo nos livros.
Gostei da história, mas o que mais chamou-me a atenção foi a narradora Morte.
Fiquei impressionada com o dom que ela tinha de ver beleza em meio a um mundo de guerra, e de seres humanos tão maus e mesquinhos.
No cenário da 2ª Guerra Mundial a Morte podia ver cores vibrantes nos homens e na natureza, enxergava a bondade em alguns seres humanos de quem ela carregava as almas.
A Morte era capaz de reconhecer a beleza da vida. A beleza do mundo.
Provavelmente minha lente para esta leitura estava impregnada pela teoria de Marco André Regis em sua obra A Magia Erótico-Herética de Rubem Alves, e vi a Morte encontrando a beleza do divino em meio ao caos!
É possível que nós tenhamos esta mesma visão que a Morte teve na obra de Markus Zusak?
Somos capazes de ver a beleza e reconhecer o divino mesmo em meio ao
caos e à maldade?
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