É
isso, paixão vem com pé na porta, vem quando a gente não espera.
Não
avisa mesmo, acontece no meio de uma balada ou na fila do mercado, paixão é
sempre urgente, não espera, não liga se você quer ou não, ela simplesmente se
instala em você.
O amor não…
Ah, o amor!
O amor a gente
escolhe mesmo, a gente escolhe amar quando ouve com atenção as histórias do
outro.
A gente escolhe
amar quando passa pela comida que o outro gosta no mercado e resolve levar.
A gente escolhe
amar quando troca uma balada pra fazer companhia pro outro que pegou um
resfriado.
A gente escolhe
amar quando escolhe cuidar.
A gente escolhe
amar quando manda uma mensagem de bom dia e uma de boa noite.
Quando ficar
aninhado no peito do outro é tão bom quanto o sexo.
A gente decide amar
quando quer dividir as músicas preferidas, quando quer rever os filmes preferidos
ao lado do outro, quando quer ver os filmes que a pessoa mais gosta.
A gente decide amar
quando leva pra conhecer os amigos, quando escancara as portas da casa e da
vida pro outro entrar e bagunçar juntos.
A gente escolhe
amar quando não quer mais ter razão por pura vaidade, porque ser feliz e fazer
feliz é mais importante.
A gente escolhe
amar quando não quer dormir sozinho, quando troca a cama espaçosa pelo pé no
pé, quando prefere dividir o lençol e acordar olhando pro outro.
A gente decide amar
quando vai conhecer o pai, a mãe, a irmã, os tios… quando a família do outro
passa a fazer parte dos seus dias.
A gente decide amar
quando abandona os flertes, quando o interesse de uma pessoa vale mais que as
investidas de outras 20.
A gente escolhe amar
quando descobre defeitos e ainda assim não sai do lado, quando programa a mente
pra valorizar o que o outro tem de bom.
Escolhe amar quem
não liga de pegar o trânsito do fim da tarde só pra uma janta improvisada em
casa.
Escolhe amar quem
não dorme sem resolver o problema, escolhe amar quem se alegra com o sorriso do
outro, quem comemora o sucesso do outro.
Escolhe amar quem
deixa pra trás algumas certezas e se abre pro novo.
Amar é uma sucessão
de decisões, ao contrário da paixão que decide pela gente.
Amor a gente
constrói aos poucos, todos os dias.
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