sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Quando Deus diz NÃO - Parte 4 de 4


POSSÍVEIS CAUSAS DA NOSSA DIFICULDADE COM O NÃO DE DEUS:
- A nossa dificuldade de crer na existência de um Deus pessoal.
- A nossa dificuldade em aceitar que Deus é soberano – é Ele quem decide e governa TODAS as coisas.
- A nossa dificuldade de confiar na integridade e no caráter de Deus.
POR QUE DEUS DIZ NÃO QUANDO PODERIA DIZER SIM?
- Porque precisamos assumir as consequências de nossos atos – foi assim com Davi, como vimos na parte 1 desta série. Não é possível continuarmos culpando outros ou as circunstâncias por causa das coisas que nos acontecem. Somos os únicos responsáveis pelas escolhas que tomamos.
- Porque precisamos conhecer a suficiência da Sua graça – foi assim com Paulo, como vimos na parte 2 desta série.
- Porque precisamos aprender o caminho à submissão e obediência – foi o que Jesus fez, como vimos na parte 3 desta série.
O CASO DO ANÔNIMO GERASENO – Marcos 5.1-20
O anônimo geraseno era vítima de um problema incomum, porém, recorrente:
“Quando Jesus desembarcou, um homem com um espírito imundo veio dos sepulcros ao seu encontro. (v.2)
Este homem era obcecado pela morte, era portador de uma força sobrenatural, era violento, mas foi submisso à autoridade de Jesus.
A cura do geraseno foi uma manifestação da autoridade absoluta de Jesus:
“Quando ele viu Jesus de longe, correu e prostrou-se diante dele, e gritou em alta voz: ‘Que queres comigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Rogo-te por Deus que não me atormentes!’ Pois Jesus lhe tinha dito: ‘Saia deste homem, espírito imundo.’”
- Por que o endemoniado atormentou-se?
- Por que Jesus perguntou o nome dele? (v.9)
- Por que o expulsou de forma tão direta?
A BÍBLIA DEMONSTRA VÁRIAS PASSAGENS EM QUE A AUTORIDADE DE JESUS SOBRE OS ESPÍRITOS MALIGNOS É EXPRESSA:
Marcos 1.27 – Todos ficaram admirados que perguntavam uns aos outros: o que é isto: um novo ensino – e com autoridade! até aos espíritos imundos ele dá ordens e eles lhe obedece!
Marcos 3.11 – Sempre que os espíritos imundos o viam, prostravam-se diante dele e gritavam: “Tu é o Filho de Deus”.
Marcos 3.27 – De fato, ninguém pode entrar na casa do homem forte e levar dali os seus bens, sem que o amarre. Só então poderá roubar a casa dele.
O QUE ESTE TEXTO NOS ENSINA ACERCA DAS RESPOSTAS DE DEUS?
1. Que o SIM ou o NÃO de Deus não depende dos méritos daqueles que os pedem:
Os demônios imploraram a Jesus que fossem enviados aos porcos e Jesus lhes disse sim, que podiam ir (v12-13)
Quando Jesus estava indo embora, ao entrar no barco, o geraseno, já curado, o procura e pede para ir com ele, mas Jesus lhe diz Não! (v.18-19)
Assim sendo:
- Pare de se culpar. O sim ou não de Deus não tem a ver com o que você fez ou deixou de fazer.
- Pare de barganhar com Deus.
- Pare de exigir o fruto da graça de Deus.
2. Que o sim de Deus nem sempre é sinal de sua aprovação aos nossos desejos e realizações:
Ele deu permissão aos demônios para que fizessem como queriam, e eles foram aos porcos (v.12-13). os demônios não tinham mérito algum para receber o sim de Jesus.
O sim de Deus aos demônios:
- Revelou a fraqueza deles;
- Revelou a vergonha deles;
- Revelou o fim deles.
3. Que o NÃO de Deus nem sempre é sinal de sua rejeição, mas da existência de um propósito maior.
Jesus disse ao geraseno que ele não poderia ir consigo no barco, mas que deveria voltar para casa, para a família e anunciar a todos o que o Senhor havia feito por ele. Como consequência da obediencia do homem, todos que ouviam sobre a maravilhosa libertação que lhe ocorrera ficavam admirados por Jesus. (v. 19-20)
O Não de Deus ao geraseno:
- Revelou o propósito de Deus quanto a sua família – o geraseno estava sem o convívio familiar há muito tempo.
- Revelou o propósito de Deus no anúncio das boas novas àquela cidade (Decápolis)
- Revelou o propósito de Deus na comissão da igreja.
PARA REFLETIR E PRATICAR:
1. Em meio às suas mais profundas necessidades continue clamando pela intervenção poderosa da parte de Deus.
2. Aceite o fato de que ele é Altíssimo e sempre sabe, muito melhor do que nós, o que realmente precisamos.
3. Em meio à um não de Deus, resista à tentação de colocar em cheque o Seu caráter. Ele é justo e bom isso não muda.
4. Esteja atento aos propósitos maiores de Deus e submeta-se à sua vontade através de uma postura profunda de obediência.
Deus não deseja que desistamos de nada quando Ele diz NÃO, antes, deseja que confiemos nele e que continuemos sonhando, mas permitindo que Ele seja o centro e o Senhor de nossas vidas.

palestra ministrada por Denis Hartung Vallongo na Igreja Presbiteriana de Sousas – Campinas – SP.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Quando Deus diz NÃO - Parte 3 de 4

Na parte 1 vimos que Davi recebeu um NÃO por consequência de seus pecados.
Na parte 2 vimos que Paulo recebeu um NÃO porque a graça de Deus lhe era suficiente.
Mas, na verdade, a resposta à indagação: "Por que Deus diz "NÃO" pode ser bem simples:
"Parem de lutar! Saibam que eu sou Deus! Serei exaltado entre as nações, serei exaltado na terra." Salmo 46.10
Carl Sagan foi um cientista, astrobiólogo, astrônomo e astrofísico. Ele estudou o efeito estufa em escala planetária e escreveu o que vemos neste vídeo fantástico:
Talvez Jó nos ajude a entender a soberania de Deus!
"onde você estava quando eu lancei os alicerces da terra? Responda-me, se é que você sabe tanto." Jó 38.4
Vamos entender melhor:
A guerra espiritual que todos vivemos está na consciência entre aquilo que podemos fazer e as coisas que devemos obedecer. 
"Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não deixarei que nada me domine." 1º Coríntios 6.12. O Evangelho precisa deixar de ser informação e começar a ser uma história de consciência. É necessário que o DNA de Deus se instale em meu DNA para haver reorganização e transformação em minha vida, para que eu passe a viver a vida de Cristo.
O CASO DE JESUS CRISTO
Mateus 26.36-46 - por 3 vezes Jesus pediu a Deus que o livrasse da morte, mas que fosse feita a vontade do Pai e não a dele. A vontade do Pai foi que Jesus morresse, apesar de seu pedido.
O que Jesus nos ensina com o NÃO que recebeu do Pai?
1. Todos nós experimentamos sofrimentos profundos.
Disse aos seus amigos: "A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal! Fiquem aqui e vigiem comigo." Mateus 26.38
Clarice Lispector, escritora e jornalista, disse: "Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação."
Deus pode causar desorientação em minha vida para que eu entenda que nesta luta de poderes entre meu querer e o dever de obedecer, eu perceba que obedecer a Ele é melhor!
Jesus orou: "Se possível, não permita, mas faça-se a tua vontade."
Santo Agostinho disse que é melhor encontrar Deus sem entender nada da vida do que na tentativa de compreender, não encontrá-lo.
Não é necessário entender porque Deus nos faz passar por determinadas situações. Basta obedecê-lo.
2 - Todo sofrimento será sempre solitário, pessoal e intransferível.
"Sentem-se aqui comigo enquanto oro. (...) mas seus discípulos estavam dormindo. (...) Vocês não puderem vigiar comigo nem por uma hora? Perguntou Jesus a Pedro." (MT 26.36-40)
Nem os três amigos mais próximos de Jesus conseguiram compartilhar de sua angústia e sofrimento. No momento em que mais precisava de companhia, seus amigos dormiram.
Bons amigos são importantes no momento do sofrimentos, mas eles não tornam a dor menos solitária. Eles não conseguirão sentir o que eu sinto. A dor é pessoal e intransferível.
3. A lição de Jesus durante o NÃO de Deus é submeter-se a vontade do Pai.
"Meu Pai, se não for possível afastar de mim este cálice, sem que eu o beba, faça-se a tua vontade." Mt.26.42
QUANDO DEUS NOS DIZ NÃO, QUAL É A RESPOSTA QUE ELE ESPERA DE CADA UM DE NÓS?
Quem está sentado no banco de suas decisões? Veja este vídeo:
PARA REFLETIR E PRATICAR:
1. Somos incapazes de lutar contra Deus.
2. Deus nunca se ausentou de nosso sofrimento. Ele tomou partido deste de uma forma fatídica e definitiva no Calvário.
3. Quando Deus diz NÃO para minha vontade, Ele espera que uma decisão minha pela vontade Dele.

Palestra ministrada por Denis Hartung Vallongo na Igreja Presbiteriana de Sousas - Campinas - SP.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Quando Deus diz NÃO! (Parte 2 de 4)

O CASO DO APÓSTOLO PAULO
·         Introdução:
- A nossa dificuldade com o não, está relacionada diretamente, tanto com a cultura secular como com a cultura religiosa positivista. A cultura instalou na mente das pessoas que Deus é ‘obrigado’ a responder com um “SIM” a todos os desejos que temos, ele é nosso servo. Queremos levar vantagem em tudo, inclusive em nosso relacionamento com Deus.
- Nossa expectativa maior é a de colocarmos diante de Deus tudo quanto gera desconfiança com relação ao seu caráter para que, gradativamente, Ele nos surpreenda com seu amor.
2 Coríntios 12.1-10
·         Quem foi Paulo?
- Perseguidor que virou discípulo.
- Discípulo que virou pastor/plantador de igrejas.
- Pastor que virou canal das revelações de Deus.
·         O Espinho na Carne
- Que espinho era esse?
Era algo que o atormentava grandemente.  (v.7b)
- Quem implantou esse espinho?
Satanás. (v.7c)
- Qual a intenção de satanás com isso?
Destruir Paulo. Essa é a intenção dele para cada ser humano. (João 10.10)
·         O Pedido de Livramento
- É uma reação natural.
- É um pedido legítimo
- É um clamor a ser avaliado.
·         A Pedagogia do “NÃO” ensinou Paulo sobre:
1)      A  suficiência da graça – “Minha graça é suficiente para você” V. 9a. Deus sabe que mudar a situação em que estou vivendo ou solucionar meu problema, não significa que eu serei transformado e Deus está interessado em transformar corações, não meras circunstâncias.
“A graça sempre vem: livre de pagamento, sem cordas amarradas, como oferta da casa.” Philip Yancey
“ A GRAÇA é de graça para pessoas que não merecem.” Philip Yancey
“Não há nada que possamos fazer para Deus nos amar mais; não há nada que possamos fazer para Deus nos amar menos.” Philip Yancey.
2)      A Dinâmica do Poder:
“pois meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (V.9b)
É incompatível querer seguir a vida sob meus conceitos e ao mesmo tempo agradar a Deus. É preciso despir-se de si mesmo para ser cheio de Deus. Esvaziar-se de si mesmo é condição para receber Deus.
“Uns confiam em carros, outros em cavalos, nós, porém, nos gloriaremos no Senhor.” (Salmo 20.7)
“Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito ou passando necessidade. Tudo posso naquele que me fortalece.” Filipenses 4.10-13
3)      A possibilidade da Alegria
“Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois quando sou fraco, é que sou forte.” (v.10).
Com certeza Paulo não era masoquista para se alegrar nas aflições pura e simplesmente. Ele tinha convicção que existia um ou mais propósitos nas tribulações, um destes propósitos era fortalecê-lo.
“O relacionamento com Deus não promete livramento sobrenatural das dificuldades, mas o uso sobrenatural delas.”  Philip Yancey
4)      A importância da Humildade.
“Conheço um homem em Cristo que há cartorze anos foi arrebatado ao terceiro céu”. (v.2)
Paulo fala aqui das maravilhas de alguém que conheceu, entretanto não o faz de forma pedante ou arrogante.
DEUS TEM PROMESSAS PARA OS HUMILDES.
“A soberba do homem o abaterá, mas o humilde de espírito receberá honra.” Provérbios 29.23
·         O que nos levaria a lidar com o ‘NÃO’ da mesma forma que Paulo lidou?
a.       A consciência de que Deus é Deus.
b.      A fé em seu caráter inabalável.
c.       A dependência de sua graça.
·         Para refletir e Praticar:
- Quando eu for fraco, a graça de Deus se aperfeiçoará em mim.
- Continue colocando diante de Deus tudo quanto te aflige como um espinho na carne. Isto é legítimo e aceitável.
- Substitua a tendência de buscar mais otimismo pela disposição de buscar mais a Deus em oração.





Palestra ministrada pelo Rev. Denis Hartung Vallongo na Igreja Presbiteriana de Sousas - Campinas/SP

Quando Deus diz NÃO! (Parte 1 de 4)

O CASO DO REI DAVI
Pressupostos básicos:  
1)      Deus existe e tem mais a ver com os acontecimentos de nossa vida do que podemos imaginar.
2)       Deus ouve e não se esquiva de nenhuma de nossas orações, principalmente quando mais precisamos dele.
3)      Deus decide e, diferente de muitos pais que não conseguem dizer não aos filhos, Ele o faz quando necessário.
2º Samuel 12:1-18
Por que neste texto Deus é apresentado como agente principal do sofrimento de Davi?
Por que Deus permitiu que o filho de Davi sofresse as consequências pelo pecado do pai?
Princípios interpretativos:
Ø  Considere o texto dentro de seu contexto cultural: cosmovisão hebraica. Os hebreus entendiam que todo o bem e todo o mal tem a mesma origem: DEUS. Os gregos dizem que o bem vem de Deus e o que é ruim vem de satanás.
Ø  Considere o texto dentro de seu contexto bíblico: diversidade situacional. Havia um propósito específico para que as coisas se desenrolassem desta maneira dentro desta situação única.

Por que Deus disse NÃO a Davi?
1)      Porque isso foi fundamental para tratar a prepotência que tomou conta de seu coração (v.7). Quando somos prepotentes começamos a achar que as coisas estão boas ou estão indo bem porque eu sou bom; eu passo a ser o centro em vez de ser Deus. Davi precisou reconhecer que não era ele a causa das coisas boas que aconteciam.
2)      Porque isto foi fundamental para tratar o problema crônico de sua consciência cauterizada (v.9)
3)      Porque isto foi fundamental para tratar seu senso de impunidade e inconsequência (v.11-12)
2 Samuel 12.19-31
O que Deus  produziu com NÃO no coração de Davi?
1)      Deus fez de Davi um adorador que não dependia de barganhas para obter o que queria (v.20)
2)      Deus fez de Davi um conselheiro que sabe de fato o que é sofrer (v.24)
3)      Deus fez de Davi um sofredor determinado a seguir em frente (v.21-23)

O que nos levaria a lidar com o NÃO, da mesma forma que Davi lidou?
1.       A consciência de que Deus é Deus Soberano.
2.       A fé em Seu caráter inabalável.
3.       A dependência da sua graça.
4.       A esperança na eternidade

Palestra ministrada pelo Rev. Denis Hartung Vallongo na Igreja Presbiteriana de Sousas - Campinas - SP
Todas as quartas feiras, as 20h00.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

O amor é bondoso

A bondade é o amor em ação. 

Se a paciência é a maneira pela qual o amor reage para minimizar uma circunstância negativa, a bondade é a maneira como o amor age para maximizar uma circunstância positiva. 

A paciência evita o problema; a bondade abençoa. Uma é preventiva, a outra é ativa. 

Estes dois lados do amor são a pedra fundamental onde são construídos muitos dos outros atributos que discutiremos.

O amor lhe faz bondoso, e a bondade lhe torna agradável. Quando você é bom, as pessoas desejam ficar ao seu redor.

Elas veem você como sendo bom com elas e para elas.

A chave bíblica para a importância da bondade é "Não se afastem de ti a benignidade e a fidelidade; ata-as ao teu pescoço, escreve-as na tábua do teu coração; assim acharás favor e bom entendimento à vista de Deus e dos homens." (Provérbios 3:3-4)

Pessoas bondosas acham favor aonde quer que vão, até mesmo em casa. Mas a 'bondade' pode parecer um pouco ampla ao ser definida, e principalmente ao ser vivida.

Ela pode ser divida em quatro ingredientes principais: Gentileza; prestabilidade; boa vontade; iniciativa.

É difícil expressar amor quando existe pouca ou nenhuma motivação. 

Mas o amor em sua essência não é baseado em sentimentos.

Pelo contrário, faz parte da natureza do amor ter consideração e ser atencioso, mesmo quando parece não haver recompensa. Você nunca aprenderá a amar até que aprenda a demonstrar bondade.

(O Desafio de amar - 2º dia)

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

O Amor é paciente

O amor funciona. 

É o motivador mais poderoso e tem uma profundidade e um significado bem maiores do que a maioria das pessoas pensa.

O amor sempre faz o que é melhor para os outros e tem o poder de nos fortalecer para enfrentar grandes problemas. 

Nascemos com uma sede perpétua de amor. Nosso coração precisa de amor, assim como nossos pulmões precisam de oxigênio. 

O amor muda nossa motivação de vida. Os relacionamentos se tornam significativos com ele. Nenhum casamento é bem sucedido sem amor.

O amor é construído sobre dois pilares que melhor definem o que ele é. Esses pilares são a paciência e a bondade. 

Todas as outras características do amor são extensões desses dois atributos.

E é aqui que começa o seu desafio, com a paciência.
O amor irá lhe inspirar a ser uma pessoa paciente. 

Quando você decide ser paciente, você responde de maneira positiva à uma situação negativa. 

Você é tardio em irar-se. Prefere ter um 'pavio longo' a se irritar facilmente. 

Ao invés de ser impaciente e exigente, o amor lhe ajuda a se acalmar e a transmitir misericórdia aos que estão ao seu redor. 

A paciência traz a calma interior em meio à tempestade exterior.

Ninguém gosta de ter uma pessoa impaciente por perto. Estar próximo de alguém assim faz você reagir com raiva, insensatez e de maneiras lastimáveis. 

A ironia da raiva em uma ação errada está em gerar novos erros por si só. 

A raiva quase nunca torna as coisas melhores. Mas a paciência paralisa o andamento do problema. 

A paciência, mais do que morder a língua, bater a mão na boca, é respirar fundo. 

Ela purifica o ar. Ter paciência é escolher controlar suas emoções ao invés de permitir que elas lhe controlem.

É demonstrar discrição ao invés de pagar mal com mal.

Se o seu cônjuge lhe ofende, você rapidamente revida ou você se controla? 

Você reage com raiva quando lhe tratam injustamente? 

Se a resposta for sim, você está espalhando veneno ao invés de remédio.

A raiva é causada, na maioria das vezes, quando um forte desejo por algo é combinado com a decepção ou tristeza. 

Você não consegue o que quer, então começa a se irritar por dentro. Muitas vezes ela é a reação emocional que resulta das nossas razões egoístas, tolas e más.

Por outro lado, a paciência nos torna sábios. Ela não se apressa em julgar, mas ouve o que a outra pessoa está dizendo. 

Ela espera na entrada enquanto a raiva deseja invadir com violência. "O homem paciente dá prova de grande entendimento, mas o precipitado revela insensatez." (Provérbios: 14:29)

Assim como a falta de paciência fará de seu lar uma zona de guerra, a prática da paciência estimulará a paz e a tranquilidade. 

A paciência é o lugar onde o amor encontra sabedoria. E todo casamento precisa desta combinação para permanecer saudável.

A paciência lhe ajuda a dar ao seu cônjuge o direito de ser humano. A paciência entende que todos falham. 

Quando um erro é cometido, a paciência decide dar mais tempo do que ele (a) precisa para corrigi-lo. 

A paciência lhe capacita a permanecer firme durante os tempos difíceis do seu relacionamento, ao invés de lhe esgotar com as pressões.

Poucos de nós praticam a paciência de forma adequada, e nenhum de nós a pratica naturalmente. 

Mas o homem e a mulher sábios verão a paciência como um ingrediente essencial no casamento. 

Este é um bom ponto de partida para demonstrar o amor verdadeiro.

(O Desafio de Amar - Dia 1)

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

O Amor intercede

Não podemos mudar nosso cônjuge. 

Por mais que desejamos, não podemos agir como Deus, alcançar o coração do nosso cônjuge e transformá-lo no que queremos que ele seja. 

Mas é nisso que a maioria dos casais gastam boa parte do seu tempo - querendo mudar seu cônjuge.

A insanidade é conhecida por fazer a mesma coisa sempre e esperar resultados diferentes. 

Mas não é isso que acontece quando tentamos mudar nossa esposa ou nosso marido? É frustração ao nível mais elevado. 

Em algum ponto temos que aceitar que mudar o nosso cônjuge é algo que não podemos fazer. 

Mas aqui está o que podemos fazer. Podemos ser um "sábio fazendeiro'.
Um fazendeiro não tem poder para fazer de uma semente uma colheita frutífera. 
Ele não pode exigir, manipular ou discutir com ela para que gere frutos. 
Mas ele pode plantar a semente em um solo fértil, regar e prover nutrientes, protegê-las das ervas daninhas, e então entregá-la nas mãos de Deus. Milhões de fazendeiros vivem deste processo há séculos. 
Eles sabem que nem todas as sementes germinam. Porém, a maioria crescerá se plantada em solo apropriado e se receber o que precisa.
(...)
O que precisa ser feito é retirar as ervas daninhas do casamento. é preciso nutrir o solo do coração do nosso cônjuge e então, depender de Deus para colher os resultados.

Contudo, não somos capazes de fazer isso sozinhos. 
Precisaremos de algo que é mais poderoso que tudo o que temos. 
E esse algo é a oração eficaz. A oração realmente funciona. É um fenômeno espiritual criado por um Deus ilimitado e poderoso. E ela produz grandes resultados.  (...)

Amado, desejo que lhe vá bem em todas as coisas, e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma. (3ª João 2).

Trecho do Livro "O Desafio de Amar" - 16º Dia

sábado, 12 de outubro de 2013

As críticas no relacionamento

Conviver em harmonia com o cônjuge é tarefa que requer muita força de vontade e disciplina. 

Se deixarmos as coisas correrem soltas, como na filosofia do "deixe a vida me levar", corremos o sério risco de nos magoarmos constantemente e trazer o fim precoce para um relacionamento que poderia ser longo, duradouro, saudável e muito feliz.

Um dos hábitos mais destrutivos que temos é o de criticar o outro ou às atitudes que são contrárias à nossa vontade. 

Crianças que crescem em um ambiente de crítica e cobrança serão adultos exigentes demais e frustrados. 

Com o decorrer do tempo o relacionamento tende a cair na rotina e, se não nos policiarmos, seremos os maiores críticos de nosso cônjuge. 

Isso precisa ser evitado diariamente. Criticar o outro é o mesmo que dizer que você é superior a ele e que faz as coisas de um jeito melhor.
Quando meu marido e eu começamos a namorar fizemos logo um acordo que respeitamos até hoje: não falamos nada um ao outro que não seja para ajudar no crescimento, nem por brincadeira. 
Abolimos de nossa rotina todo o tipo de palavra pejorativa, de crítica, de reprovação. 

Se temos algo a dizer ou alguma brincadeira pra fazer, procuramos fazer com as qualidades, com as virtudes do outro. 

Procuramos agir de modo a enaltecer o outro, elogiando seus méritos e conquistas, jamais humilhando ou o colocando para baixo. 

Posso garantir que esta atitude foi muito acertada e tem nos feito muito bem todos os dias. 

É claro que conversamos sobre nossos defeitos ou sobre o que não gostamos um no outro, mas jamais fazemos isso em frente aos outros, e nem com intenção de ferir. 

É importante escolher as palavras para ter tais diálogos, sabendo que o objetivo da conversa não é ferir o outro e nem acusá-lo, mas simplesmente comunicar algo que não nos fez bem,
Por exemplo, quando uma mulher não gosta de determinada atitude do marido e lhe diz:
- Você me magoou, você fez isso e aquilo para mim!

Um homem sempre vai ouvir tais palavras como cobrança e reprovação. Sua atitude primária será atacar para defender-se do golpe. 
Ele certamente dirá algo do tipo:
- Mas foi você quem provocou, você vive fazendo tudo errado.

E aí a mulher vai se sentir ameaçada, culpada e terá pronta, na ponta da língua, inúmeras outras acusações e a conversa virará uma discussão.

Mas, se ela souber mostrar ao marido como se sentiu sem acusá-lo, a conversa pode transformar as atitudes do marido, e as dela também, porque ambos conversarão em amor.

Ela poderia abordar a questão dizendo como se sentiu em relação ao que o marido fez, em vez de logo acusá-lo. Assim:
- Querido, eu me senti profundamente magoada por aquela atitude que você teve.

O homem não vai ouvir uma acusação, mas um sentimento que a mulher teve e ficará desarmado. A mulher falou do que sentiu, não do que ele fez.

Um casamento feliz não vem pronto. É necessário construí-lo dia após dia, com muita sabedoria, paciência e perdão. 

Agindo assim, você estará demonstrando o mais profundo amor por seu cônjuge.

Experimente amar mais com atitudes do que com palavras. 

Vai que dá certo, né?

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Relacionando-se com um filho

Faz poucos dias que meu filho (3 anos e 1 mês) parou de pedir que ficasse com ele na escola e parou de chorar no portão na hora de entrar. 

Nos primeiros dias a coordenadora pediu-me que entrasse com ele até a sala, para que se adaptasse à escola e amigos novos. 

Aos poucos minha entrada foi ficando mais curta, já não ia até a porta da sala, ficava no meio da calçada e, finalmente, apenas no portão.  

Durante alguns dias ele chorou bastante, agarrava-se a mim e não queria entrar, mas acabou entendendo e pelo menos há uma semana não chora mais. Ele até avisa:
- Sabe, hoje eu não vô chorá pa ficá na ixcola.

E não tem chorado mesmo. 

A professora que está no portão pega a mochila dele, segura em sua mão e o acompanha até a sala. 

Ele se afasta com um sorriso e vai acenando para mim. 

Mas hoje foi diferente e quem chorou fui eu. 

A professora pegou a mochila, colocou nas costas dele e disse-lhe:
- Pode ir Dado, a tia Pri tá lá na sala esperando você.

Ele me olhou triste, eu estava do lado de fora do portão. 

Sorriu timidamente, acenou e foi andando pela calçada que leva ao interior do prédio. 

A visão do meu menininho sozinho, andando com a mochila nas costas e aquele sorrisinho cortou meu coração. Pensei:

“Tadinho, está sozinho!” 

Mas ele pareceu não ligar muito. Foi andando devagar e eu não consigo parar de pensar naquela cena de um caminhar solitário. 

Sei que pode parecer besteira, mas a mim pareceu-me ser a primeira vez que meu menino enfrenta o mundo sem mim.

Tive ímpetos de ir ao encontro dele, segurar-lhe a mão e acompanhá-lo. 

Sei que isso o faria feliz, mas é só a primeira caminhada independente da vida dele. 

Ainda enfrentará muitas outras ao longo de sua história. 

Talvez quem ainda não experimentou a maternidade não consiga compreender o que senti naquele momento, mas quem é mãe sabe o que é sentir-se dividida entre o querer e o dever.

Pergunto-me se algum dia este sentimento de querer participar de cada passo dos filhos acaba. 

Creio que não. 

Há momentos em que caminhar ao lado deles, segurando-lhe a mãozinha, é benéfico e positivo, mas há momentos em que é necessário para a saúde emocional deles que lhes soltemos a mão e os deixemos caminhar sozinhos, que façam as próprias descobertas, enfrentem seus medos. 

Mesmo que a gente fique olhando de longe com lágrimas escorrendo pelos olhos e um aperto sem fim no peito.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O encontro

O rapaz estava triste. 

Sua mãe morrera, seu pai era bastante idoso e seu meio irmão o odiava. 

Sozinho, triste, solitário, andando a esmo pelo campo, Isaque passava seus dias. 

Seu pai, não aguentando ver o sofrimento do filho, chamou seu servo de maior confiança e enviou-lhe a procurar esposa para o filho. 

Deu-lhe instruções rígidas sobre como deveria ser a moça e o despediu. 

O filho ficou em casa, aguardando a volta do servo com sua noiva.

Os dias passavam, as horas se arrastavam e o servo não voltava. 

A ansiedade corroía as entranhas de Isaque. Saia a caminhar no campo diariamente para acalmar-se. 

Contemplava o infinito, os pássaros voavam em círculo buscando alimento e ele mantinha os olhos esperançosos na linha do horizonte.

Certo dia esta linha foi quebrada por uma sombra. 

Era uma grande caravana de camelos que se aproximava lentamente. 

Seria sua noiva que vinha ao seu encontro? 

Ele apressou o passo em direção à comitiva. 

Viu quando alguém desceu do camelo e passou a andar em passos lentos. 

Embora Isaque não soubesse ainda, mas Rebeca fazia a viagem com o coração acelerado. 

Estava ansiosa para conhecer o noivo. Ouvira notícias maravilhosas sobre ele e a família. 

Imagina como seria seu escolhido e desde então não deixara de sonhar com ele sequer uma noite. 

Ao avistar ao longe o vulto de um homem, perguntou a Eliezer, o servo que fora lhe buscar:

- Quem é aquele que vem lá?

- É meu senhor Isaque, o seu noivo.

Rebeca pulou do camelo na mesma intensidade em que seu coração saltava no peito. 

Cobriu o rosto com o véu e ficou admirando o belo jovem que se aproximava cada vez mais. 

Ele sorria. E que sorriso!

- Meu senhor!

Cumprimentou reverente o servo aproximando-se de Isaque.

– Aqui trago sua noiva, exatamente como instruiu o senhor seu pai.

Isaque caminha de encontro à noiva, sem tirar os olhos dos dela. 

Ela mantinha o rosto coberto pelo véu, como manda a tradição. 

Ele sorri e vê nos olhos da moça a resposta que desejava. 

Juntos retornam até o acampamento. Isaque a conduz para a barraca que pertencera a sua mãe e ali a ama com a intensidade que só os jovens possuem.


(baseado em Gênesis 24) 


quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Desafio de Amar

O Desafio de Amar é um desafio para maridos e esposas que desejam entender e praticar o amor incondicional. Independente de como esteja seu casamento: ameaçado ou saudável, O Desafio de Amar é uma estrada que precisa ser seguida. É hora de conhecer um casamento cheio de vida e da verdadeira intimidade!
Quem assistiu o filme Prova de Fogo (dos mesmos produtores de Desafiando os Gigantes) saberá que ele foi usado na trama. O livro não é a trama do filme em si, é apenas um dos recursos usados por um dos personagens do filme – que agora poderá também ser um recurso para você usar em sua vida ou no ministério de casais de sua igreja.
Conforme proposto no filme, o livro O Desafio de Amar é feito em forma de um diário. Durante 40 dias você encontra um devocional e um desafio específico para aquele dia. Todas as leituras incluem as Escrituras, um “desafio” do dia e um espaço para anotação e verificação do progresso. Desafie-se a aceitar o desafio de amar e veja o seu casamento ser transformado para sempre.
O amor incondicional é apaixonante declarado nas cerimônias de casamento, mas raramente posto em prática na vida real. Como resultado, algumas expectativas românticas são sempre substituídas por decepções em casa. Contudo, essa situação não pode permanecer desta forma.
Ouse Amar!
http://livroslivram.com.br/o-desafio-de-amar/

terça-feira, 21 de maio de 2013

Silêncio Ensurdecedor


No silêncio das palavras não ditas ouço mágoas vigorosas;

ressentimentos uivam nervosos;


amarguras displicentes escancaram os dentes em minha direção.

ah! o vácuo das vazias palavras!

Ferem como 1000 palavras mal ditas...

quisera saber quebrar o silêncio dolorido com a doçura
das palavras provenientes do amor...

silêncio ... és espada de dois gumes ...

amo-te e odeio-te com a mesma intensidade!

segunda-feira, 18 de março de 2013

Lembranças de um acorde

A velha canção alcança meus ouvidos ... 

melodiosa, alegre, dançante ... 

os acordes despertam lembranças doces, sorrisos, calafrios ... 

voz, violão, dedilhado, beijos, mais sorrisos e abraços....

Uma canção, uma cena, uma lembrança ...

Assim redescubro a função da música no mundo: 

nos fazer felizes de novo e de novo ...

domingo, 6 de janeiro de 2013

O ânimo nosso de cada dia

Por tantas vezes viver parece bem difícil. 

Há manhãs em que tudo que queremos é ficar na cama, no mundo dos sonhos, para não encarar a realidade do mundo em que vivemos. 

Vejo tantas atrocidades, tanta injustiça, tanto desamor, tantas catástrofes, tantas pessoas que deveriam fazer o bem e que acabam por revelar-se vilões da história.

Passo bastante tempo imaginando o que pode e deve ser feito para o mundo ser um lugar um pouco melhor. 

Gasto tantas energias nisso, em pesquisas, em estudos, em elucubrações e chego à conclusão de que nada posso fazer. 

Que por mais que eu me esforce, serei sempre uma pequena partícula de uma das incontáveis gotas do oceano.

Sinto-me fraca e deprimida. Frustrada e sem energia. Chego à igreja arrastando-me, em um estado mental deprimente. 

Ajoelho-me não pelo costume, mas pela condição da alma. 

Peço entre lágrimas que o Criador e Doador da vida me reanime, pois não há nada externo que eu conheça que possa fazê-lo.

E então começa a tocar a velha canção:

 “Já refulge a glória eterna,

De Jesus, o Rei dos reis;
Breve os reinos deste mundo,
Seguirão as Suas leis;
Os sinais da sua vinda,
Mais se mostram cada vez;
Vencendo vem Jesus!

 Glória, glória, aleluia,

Glória, glória, aleluia,
Glória, glória, aleluia,
Vencendo vem Jesus!

 O clarim que chama os crentes,

à batalha já soou;
Cristo à frente do seu povo,
Multidões já conquistou;
O inimigo em retirada,
Seu furor patenteou;

Vencendo vem Jesus.

 E por fim entronizado,

As nações há de julgar;
Todos grandes e pequenos,
O juiz hão de encarar;
E os remidos triunfantes,
Em fulgor hão de cantar:
Vencido tem Jesus!”

 

Os fiéis cantam com fervor, a música explode em acordes sublimes, a congregação parece-me extasiada por relembrar a promessa. 

Sim, eu fiquei emocionada. 

O meu Senhor Amado fez-me lembrar que não vivo neste mundo como um fim em si só. 

Minha vida tem um propósito maior e as dores e lutas que travo aqui são temporárias. 

Ele tem uma promessa. 

Essa promessa me traz esperança. Não viverei para sempre neste mundo corrupto, pois Ele, por misericórdia e amor, prepara-me um lugar diferente, um Reino de paz, amor e justiça. 

Um Reino que Ele coloca à disposição daqueles que querem um mundo melhor, daqueles que acreditam que podem viver em um lugar de justiça, retidão, equilíbrio, onde as pessoas saberão, finalmente, amar sem reservas e incondicionalidade.

Os céticos dirão que este é o papel da religião: dar esperança ao fraco, iludir os oprimidos. 

Os ateus rirão de minha esperança e fé e acharão que não sou inteligente o bastante por ser cristã e acreditar na Bíblia. 

Mas a mim não importa o que pensam os outros em relação à fé que professo. 

Importa mesmo é que eu tenho um Deus que se importa comigo, e importa-se o suficiente para me dar esperança de um futuro melhor.

Jesus em breve voltará, todo olho O verá e toda a língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor, Rei dos reis. 

Ele me levará ao Seu Reino de Justiça e Amor. 

Quem puder Nele crer, também poderá ir. Simples assim!


Tempo, tempo, tempo...