quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Infinita Graça


Quando deixamos de ler a Bíblia, de orar e buscar a Deus, nossa alma seca. 

Ela sente falta do carinho do Pai e reclama sua presença. 

Se não lhe damos ouvidos e permanecemos distantes, ela começa a acostumar-se com a separação e os valores que antes a guiavam deixam de ter sentido.

O ato pecaminoso se torna corriqueiro, começamos a contemporizar aquilo que abominávamos e o pecado deixa de machucar nossa alma.

Mas quando a sede da alma se torna insuportável, sabemos perfeitamente a quem temos de buscar. 

Ao voltarmos à comunhão com o Pai, o pecado volta a nos ferir e nosso maior desejo, novamente, é agradar o Pai. Então deixamos de lado o pecado com o único objetivo de glorificar a Deus.

A motivação para buscar a Deus não deve ser a busca de bênçãos, mas o perdão dos pecados; não deve ser a aquisição de bens, mas a doação do melhor de si a um Deus perfeito, que não tolera o pecado, mas ama o pecador acima de tudo. 

Fomos criados para servir a Deus e não para sermos servidos por Ele. O propósito principal do cristão renascido e que é habitado pelo Espírito Santo é abençoar os outros e não ser abençoado, é perdoar o próximo e amá-lo como a si mesmo.

Sabemos que cometemos pecado contra o Pai quando sentimos aquela dor profunda, aquele arrependimento que nos faz sentir envergonhados e indignos do amor do Pai. 

Então, ao confessarmos nosso pecado, somos perdoados e a gratidão transborda dentro de nós. Receber o perdão e a aceitação do Pai é o combustível para a gratidão do coração de um cristão que é habitado pelo Espírito Santo.

Ao reconhecer um pecado pessoal dias desses, lembrei-me imediatamente de um hino antigo, que meu pai gostava de ouvir, cantado por Feliciano Amaral. 

Meu pai pedia-me para cantá-lo na igreja  quando ele ia pregar sobre arrependimento (coitados daqueles que me ouviam!).

Depois de muitos anos, voltei a cantar o hino em forma de oração e confissão do pecado. 

É uma letra profunda, cheia de significado, bem diferente do que cantamos atualmente nas igrejas.

TUA INFINITA GRAÇA – Gerson Cardozo

Conforme a Tua infinita Graça
Ó Pai perdoa a minha transgressão
Faz-me sentir mais uma vez a Graça
E dá-me a Tua paz no coração
Mais uma vez eu sinto o meu pecado
Que é contra Ti ó Pai, ó Pai de amor
Minh'alma pede a Tua alegria
Renova em mim o Teu amor, ó Meu Senhor
Meu coração a Ti eu ofereço
Perdão imploro, Meu Senhor e Rei
Faz-me sentir mais uma vez a Graça
Misericórdia assim alcançarei
E eis que em iniquidade fui formado
E em pecado me concebeu a minha mãe
Mas o Senhor me deixou consumado
Me deu a paz, me concedeu perdão.

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