sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Bandida

Ah paixão bandida,
Quem te delegou tamanho poder?
Como podes roubar meu coração
E nem mesmo avisar?
Como podes invadir minha vida
Sem pedir licença?
Quem te permitiu entrar em meu coração
De maneira tão estrondosa e dolorosa?
Acaso não sabes que meu coração é
Território proibido?
Acaso ignoras que choro mágoas passadas
Por ti mesmo causadas?
Acaso não tens pena de dilacerar de tantas
Maneiras diferentes um mesmo coração?
Por que és tão cruel comigo paixão?
Por que te disfarças de bandida
Para entrar na minha vida?
Por que roubas meu coração
Se sabes que não podes levá-lo
Para onde gostarias que ele fosse?
Deixaste comigo
na última vez que apareceste
Tua irmã saudade,
Outra bandida que me faz sofrer,
Para ti não basta?
Queres sugar-me até que eu desapareça?
Tem piedade de mim sua bandida!
Não faça-me morrer por algo que não posso ter!
Permita que eu seja feliz,
Ao menos por um pouco!
Quando precisei de ti,
Tu fostes embora e me deixaste mal,
Agora que não estou mais disponível,
Tu me apareces novamente,
sorrateiramente,
Como quem não quer nada,
E rouba meus sentimentos mansamente,
Me fazendo sofrer,
fazendo chorar por alguém
Que não posso ter.
Tu és bandida cruel, paixão,
Bandida que vem,
rouba sentimentos,
Vai embora e
deixa sua irmã saudade como vigia.
Ah quem me dera ser livre para acabar contigo
E com tua família toda!
Acabaria contigo
fazendo exatamente o que queres,
Porque só assim tu me deixarias em paz,
Pois não terias mais o que roubar de mim,
Eu estaria em dia com teus honorários,
Não terias mais o que tirar de meu pobre coração,
Que está estraçalhado por tuas exigências,
Por tua crueldade,
Por esta paixão proibida!

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O Vazio